Os nossos meios de comunicação social (MCS) são
pretensiosos e tem um lado de defesa dos interesses pessoais (intestinais). Se
não vejamos algumas considerações não menos importantes do nosso dia-a-dia nas edições
quinzenais dos informativos da nossa aldeia. As suas publicações são puramente
de interesse dos seus segmentos social que representam nas matérias publicadas
e propagandeadas. Estes “arrotos”não estão preocupados com a identidade e o desenvolvimento
cultural do bairro. Não incentivam, não promovem e causam benesses ao poder
público de exercê-la em uma política pública no sentido da buscar a autonomia e
a qualidade dos espetáculos a ser apresentada na comunidade. É neste sentido
que a promoção sendo levada em conta a construção da educação e valorização das
nossas produções, quem sabe um dia deixaremos de ter somente a produção
cultural de somente dois meses nos dias de carnaval. Como todos sabem, é muito
pouco para vocação artisticas que sobressaem nos espetáculos que apresentamos,
e muito mais vezes, fora da comunidade, pois não há incentivo no próprio bairro
a valorização e a qualificação dos nossos artistas. Há de se entender, que nem
todo mundo nasceu para ser artista ou outra profissão de destaque, mas é
necessário ter dom natural da profissão a ser abraçada no presente e futuro, e
que isso aconteça com sucesso na vida. Há alguns fatos pitorescos nas edições
publicadas, em quanto um jornal traz uma pauta sobre determinado assunto o
outro traz a mesma pauta com conotações diferentes, mas na essência é a mesma
coisa, e sem contar que fazem alusão a questões trazidas na grande mídia. Penso
que deveríamos ter autonomia e incentivar a nossa agenda de acontecimentos,
tendo o mínimo possível de isenção nos seus atos de divulgação direcionados ao
encontro dos desejos e afazeres da comunidade.
Em certas ocasiões brincávamos com a manifestação de atos
de divulgação pretendidos por indivíduos da comunidade que querem a fama a
qualquer custo, que iríamos criar algum dia a ARI - Associação Restinguense de
Imprensa para de qualquer forma termos o direito a liberdade de imprensa, onde
teríamos as nossas opiniões resguardadas e garantidas, pelos menos em nossos
MCS. Em tudo isso é fruto das nossas publicações.
Diz Ellen Grace, a ministra do
STF: “Sobre fatos, afirmações e coisas objetivas é possível o direito de
resposta, não sobre opiniões. Opinião cada qual tem o direito de ter a sua.
(zh, 28/05/11, p32)”.
Entretanto, já houve outros jornais em nossa comunidade,
uns de cunho mais jornalístico escolar, como o Quintanares, da Escola Municipal
Mario Quintana, por volta de 2002 e o Vez da Tinga da Escola Municipal Lidovino
Fanton que atuaram em algumas edições com a participação das crianças e
professores abnegados com causa da comunicação, incentivados pela direção Smed
da época, mas foram experiências muito legais para proveito da comunidade de um
modo geral, mas não levado adiante motivadas por vários empecilhos
burocráticos. Assim, acreditamos em uma imprensa livre com dever de ser o pilar
da democracia entre o MCS e seus parceiros e entre MCS, sociedade e a política.
Houve a experiência da rádio comunitária Restinga FM 88.1,
esteve no ar nos anos de 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004 com as interrupções
trouxe a baila interrupções indesejada e motivada por ranços autoritários e
ausências das esferas públicas, mas foi a experiência democrática mais
abrangente já conhecida nos MCS, já visto em nosso Estado naquele momento.
Tínhamos a audiência, pesquisa feita no seu trabalho de conclusão da estudante
Nola Gamalho e também trabalho proposto pelos estudantes de jornalismo da
Fabico – Ufrgs – 2001/02, trouxeram enormes contribuições a nossa comunidade,
mas pouco aproveitada pelos dirigentes eleitos posteriormente, na época. Mas
tivemos problemas na nossa organização de comunicação comunitária, estávamos aprendendo
a fazer comunicação para todos. Em 2004, assumiu outra direção na Rádio
Comunitária que de inicio razoavelmente prosperou, mas houve atitude
autoritária da Anatel, Policia Federal; a emissora foi fechada forçadamente e
nossa desorganização comunitária falhou mais uma vez. Perdemos, mais uma vez, a
oportunidade de exercer a democracia na comunicação em favor dos oprimidos.
Hoje temos uma rádio Livre, mas não atende os nossos
anseios comunitários, é chamada de rádio quilombo, mas vive se escondendo da
Anatel, funciona precariamente aos sábados; não desejam ter a carta de outorga,
isto é, lutar pela concessão da mesma para poder trabalhar a democracia na sua
essência, ouvindo os contrários do que pensamos e elaboramos. Jose Calos Beleza, mai/11.
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